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Scot Consultoria

Carta Grãos - A colheita do milho “safrinha” começou e os preços caíram


Segunda-feira, 15 de julho de 2013 - 16h44

Com o avanço da colheita do milho de segunda safra, aumentou a pressão de baixa sobre os preços do grão no mercado interno.

O momento é de o pecuarista ficar de olho nas oportunidades de compra do alimento mais barato.

No Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (DERAL), até o dia 8 de julho, foram colhidas 8,0% da área de milho “safrinha” no estado.

No Mato Grosso, até o final de junho, a colheita atingiu 13,0% da área plantada em 2012/2013, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

A expectativa é de uma produção recorde nesta segunda safra.

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou no dia 9 de julho, o décimo levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos 2012/2013.

No relatório de julho, a produção de milho de segunda safra foi revisada mais uma vez para cima. A CONAB estima que serão colhidas 44,24 milhões de toneladas de milho na segunda safra ou “safrinha” (2012/2013).

Em relação a janeiro deste ano, quando a CONAB divulgou as primeiras estimativas para a temporada, a produção de milho na segunda safra deverá ser 18,1% maior. Veja a figura 1.

Na comparação com a “safrinha” passada (2011/2012), a produção, este ano, deverá ser 13,1% maior. São 5,13 milhões de toneladas de milho a mais.

No total, somando a primeira e segunda safras, a produção brasileira está estimada em 79,07 milhões de toneladas em 2012/2013, 8,4% ou 6,09 milhões de toneladas a mais na comparação com 2011/2012.

Os estoques finais em 2012/2013 estão estimados em 18,19 milhões de toneladas de milho. Este volume é três vezes maior que os estoques finais em 2011/2012.

 

Preços e expectativas

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a saca de 60 quilos de milho está cotada em R$24,50 na região de Campinas, em São Paulo (11/7).

A queda é de 6,2% em relação à média de junho. 

Na comparação com julho do ano passado, o pecuarista está pagando 18,4% menos pelo milho (figura 3).

Em curto prazo, com a intensificação da colheita da segunda safra, os preços do milho poderão cair ainda mais.

Porém, cabe lembrar que as cotações subiram consideravelmente entre julho e agosto de 2012 com a quebra da safra norte-americana. Ou seja, qualquer problema lá fora poderá interferir nos preços no mercado brasileiro.

Por outro lado, como já citado, o cenário, este ano, é mais confortável do lado da oferta no Brasil.

No mais, problemas de armazenagem e logística de escoamento colaboram com a pressão de baixa.

Por exemplo, no Mato Grosso, o milho começa a ser estocado ao ar livre, devido à falta de espaços nos armazéns. 

Este quadro aumenta a pressão de venda do grão.


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